Já são 215 os municípios
baianos prejudicados pela seca, com 2,4 milhões de pessoas afetadas. No
entanto, o governo estadual ainda não sabe quanto dos R$ 2,7 bilhões
anunciados anteontem pela presidente Dilma Rousseff (PT), virá para a
Bahia. O anúncio foi feito durante uma reunião em Aracaju (SE) com os
representantes dos nove estados do Nordeste afetados pela estiagem. No
pacote de ações está incluída a concessão de crédito emergencial de até
R$ 12 mil para pequenos produtores, com redução de juros para 1% ao
ano. No caso de médios e grandes agricultores, os empréstimos podem
chegar a R$ 100 mil, mas os juros também serão maiores: 3,5% ao ano. O
valor total disponibilizado para esta ação será de R$ 200 milhões para
os quase 500 municípios afetados em todo o Nordeste. Outra medida é o
bolsa-estiagem, que garantirá o pagamento de R$ 400 ao pequeno
agricultor que tiver sido prejudicado pela seca. Para ter direito à
bolsa, o trabalhador deve ter um Cadastro Único (mesmo utilizado para o
Bolsa-Família) e não pode ser beneficiário do Programa Garantia Safra,
que já paga R$ 680 para quem tiver a colheita perdida por causa da
seca. "Parece pouco pagar R$ 400 em cinco parcelas de R$ 80. Mas para o
agricultor que não tem mais nada, é uma ajuda enorme", diz o
secretário estadual da Agricultura, Eduardo Salles. Ele e uma equipe da
secretaria estão fazendo um excursão por algumas das cidades mais
afetadas, para mapear as demandas dos agricultores. "Hoje fomos em
Campo Alegre de Lourdes, Pirão Arcado, Sobradinho... A situação está
muito triste. Dá vontade de chorar", disse o secretário.
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